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Qualcomm traz fábrica de chipsets para o Brasil

A Qualcomm anunciou nesta segunda-feira (05) uma parceria com a fabricante de semicondutores taiwanesa USI e explicou que vai começar a fabricar chipsets no Brasil. Os componentes serão destinados a smartphones e aparelhos da Internet das Coisas, e a planta deve começar a operar nos próximos anos na região de Campinas, interior de São Paulo.

Qualcomm e USI afirmaram que vão investir cerca de US$ 200 milhões ao longo de cinco anos nesse projeto, que, além da fabricação de chips, envolve também o desenvolvimento desses componentes.

Provavelmente com o projeto, o Brasil será um dos primeiros habilitadores dessa tecnologia no mundo

A empresa explicou que pretende produzir localmente um novo tipo de chipset chamado QSip capaz de concentrar as funções de mais de 400 componentes eletrônicos diferentes. Isso incluiria memória, processamento, sistemas de comunicação e muitos outros. “Provavelmente com o projeto, o Brasil será um dos primeiros habilitadores dessa tecnologia no mundo”, revelou o presidente da Qualcomm para América Latina, Rafael Steinhauser, ao Valor Econômico.

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Ele explicou que a ideia é fazer com que a indústria nacional tenha algo diferente a oferecer para o mercado mundial, uma vez que a Ásia já possui uma grande produção e experiência nos chipsets comuns que são utilizados em smartphones hoje. Com isso, espera-se que a indústria brasileira de eletrônicos importe menos chips da Ásia e possa diminuir o déficit de US$ 20 bilhões que esse setor gera na balança comercial.

A Qualcomm vem negociando sua chegada à fabricação de chips no Brasil desde 2012. Como agora conseguiu acordos fiscais tanto em âmbito federal quanto estadual, a empresa resolveu tirar os planos do papel. Fora isso, parte dos US$ 200 milhões de investimento foram emprestados pelo BNDES. A expectativa é de que a nova instalação empregue algo entre 800 e 1.000 pessoas, mas a Qualcomm terá que treinar esse pessoal, uma vez que a indústria na fabricação de semicondutores no Brasil é praticamente inexistente e ainda não formou mão de obra qualificada.

Já em março deste ano, as atividades da empresa começam a funcionar no Brasil, mas apenas no âmbito do desenvolvimento. A fabricação de chips em si terá início apenas daqui a dois anos.

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