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Review: processador AMD Ryzen 7 2700X – The Hardware Show

Mais de um ano se passou após a chegada das primeiras CPUs Ryzen e, após tantos rumores, finalmente pudemos colocar nossas mãos nos processadores AMD com a arquitetura Zen+.

Os novos modelos chegam como uma atualização da já consolidada série, mas trazem novidades pontuais que podem significar um aumento considerável em performance, ao menos é o que podemos concluir com base nas afirmações da AMD.

Em um primeiro momento, a AMD apresenta quatro novas CPUs: Ryzen 7 2700X, Ryzen 7 2700, Ryzen 5 2600X e Ryzen 5 2600. Os novos modelos trazem pequenos incrementos provenientes do update na arquitetura, o que consequentemente resultou em acréscimos no clock.

Nós recebemos o processador Ryzen 7 2700X para uma análise completa, sendo um chip que promete ultrapassar até mesmo o Ryzen 7 1800X e entregar mais relevância na concorrência com as CPUs Intel Coffee Lake. Será que a tática da AMD tem muito a oferecer para os gamers e profissionais? Vamos ver o produto de perto!

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A arquitetura Zen provou sua eficiência nos inúmeros testes realizados. Sua performance baseada no paralelismo avançado em nível de instrução surpreendeu entusiastas e gamers no mundo todo, porém era preciso mais do que um simples aumento na frequência dos processadores para garantir um refinamento em processamento.

Assim, a AMD apostou, em primeiro lugar, numa atualização no processo de fabricação, algo que já facilita ganhos expressivos no número de componentes. Utilizando a litografia de 12 nm da Globalfoundries, a fabricante pôde melhorar a performance do transistor em cerca de 10 a 15%, o que implica na possibilidade de aumentar o clock e reduzir a corrente.

Basicamente, com esta novidade, a AMD garante um aumento de mais de 300 MHz na frequência do processador, que pode ultrapassar a barreira dos 4,3 GHz em tarefas diárias. Um leve decréscimo de 50 mV, na tensão de operação, também vem a calhar nesse quesito, uma vez que todos os núcleos podem operar simultaneamente na frequência de 4,2 GHz.

Vale notar que, por se tratar de uma atualização na arquitetura, a AMD nomeou esta novidade com o mesmo nome utilizado nos processadores do ano passado, porém acrescentou um “mais” ao nome da arquitetura para identificar o diferencial. Os benefícios da Zen+ começam pelo suporte oficial para memórias DDR4 de até 2.933MHz, mas há muito mais.

Temos aqui uma arquitetura que trabalha de forma idêntica à Zen, mas que se beneficia do novo processo e, por consequência, apresenta algumas vantagens notáveis ao consumidor. Além das questões de energia elétrica e clock supracitadas, a AMD garante também melhorias no IPC, bem como nas latências dos novos processadores.

Falando no bom português, essa mudança no IPC (instruções por clock) deve garantir uma redução no tempo para execução de tarefas rotineiras. Segundo os dados oficiais, trata-se de um aumento de 3% nas instruções, o que pode implicar em um aumento de performance e numa redução de tempo de processamento de mesma proporção.

No quesito operação com memória, os processadores Ryzen de segunda geração devem se beneficiar de melhorias internas e externas. O acesso nas memórias caches teve redução nas latências (nos tempos de acesso) que chegam a 13% na memória cache L1, 34% no cache L2 e 16% em nível L3. A latência da memória RAM teve uma redução de 11%.

Para quem não conhece a arquitetura Zen, vale mencionar que se trata de um design com taxa de dados melhorada no cache. O Ryzen 7 2700X tem 96 KB de memória em nível L1 (sendo 64 KB para instruções e 32 KB para dados) por núcleo, 512 KB de cache em nível L2 para cada núcleo e 8 MB de cache L3 compartilhado entre quatro núcleos.

Fazendo as contas, podemos entender como os oito núcleos, cada qual com 96 KB de cache em L1, totalizam os 768 KB de cache informados pela AMD para o Ryzen 7 2700X. Da mesma forma, os 512 KB de cache L2 somados totalizam os 4 MB que, juntos com 16 MB de cache L3, resultam nos 20 MB total de memória cache informados pela AMD.

Além disso, a arquitetura Zen usa metodologias de baixo consumo energético, tais quais o cache de micro-operações (o que reduz a busca de dados distantes), clocks quase que nulos em situações ociosas (os quais são regulados de forma dinâmica) e um moto de baixo consumo para gerar endereços no expedidor.

Por fim, mas não menos importante, temos a questão da escalabilidade. A Zen trabalha com grupos de quatro núcleos (CCX), que podem ser anexados a novas interconexões, o que a AMD chama de “Fábrica Infinita”. Em teoria, isto permite configurar núcleos Zen separadamente para escalar, integrar e se comunicar de forma eficiente com outras unidades CCX.

É importante notar que um processador como o Ryzen 7 2700X tem mais de uma unidade CCX, já que ele conta com duas unidades, o que totaliza 8 núcleos e 16 threads. Vale ressaltar que essa arquitetura modular permite adicionar mais núcleos, threads e memória cache, de forma que a AMD pode adaptar os componentes de acordo com o tipo de atividade.

Finalmente, o momento de mostrar todo o potencial do novo Ryzen 7. Como de costume, nós realizamos testes com diferentes programas para averiguar a capacidade do processador em várias situações. Nos gráficos abaixo, mostramos comparativos com outros setups que usam chips AMD (da geração anterior e também com o novo Ryzen 5 2600X) e Intel Coffee Lake.

Máquina utilizada nos testes

O Cinebench é um teste de benchmark que verifica as capacidades do computador na renderização de gráficos tridimensionais (usando a tecnologia OpenGL), bem como o poder de processamento do chip principal da máquina.

Um dos aplicativos mais usados para conferir especificações de processadores também tem uma utilidade para verificação de performance de componentes. Apesar de simples, o benchmark do CPU-Z realiza testes do tipo single thread e multi thread. Além disso, ele possibilita uma comparação rápida entre diferentes dispositivos.

Este benchmark da ASUS efetua uma série de testes práticos, simulando como a máquina se comporta no dia a dia. O RealBench analisa o poder do computador na hora da edição de imagens, codificação de vídeos, trabalho com OpenCL e execução de múltiplas tarefas. O resultado geral indica a capacidade da máquina em pontos.

O 3D Mark é um dos mais famosos programas de benchmark para gráficos. Ele se destaca principalmente por trazer uma grande variedade de cenários para testes dos diferentes recursos de hardware e software da placa de vídeo. Para máquinas de alto desempenho, nós rodamos o teste TimeSpy, que utiliza as mais avançadas tecnologias gráficas.

Atenção: vamos atualizar este artigo na próxima semana com gráficos de jogos.

Pensando no consumidor que busca uma plataforma pronta para uso, a AMD projetou um novo cooler que vem junto com o processador e promete refrigerar o Ryzen 7 2700X mesmo nas atividades mais intensas. É válido ressaltar que esta CPU mostra alto desempenho em todas as atividades, então é inevitável que ele gere muito calor.

Confira os resultados de temperatura:

Ocioso: 35 a 42 graus CelsiusNavegação na web: 40 a 55 graus CelsiusJogos: 68 a 73 graus CelsiusRenderização no Cinebench: 70 graus Celsius

Nossos testes comprovaram que mesmo com as frequências elevadas do Ryzen 7 2700X, o novo air cooler da AMD é suficiente para manter o processador operando tranquilamente, até mesmo nas condições de uso mais exigentes. Assim, você não deve se preocupar em adquirir uma nova solução de refrigeração, exceto se pretende realizar overclocking.

Na questão de consumo, é importante notar que vimos alguns números um tanto exorbitantes em determinadas situações. O consumo do Ryzen 7 2700X durante a execução de jogos é bem impressionante, com valores que ficam na casa dos 110 watts. Todavia, em tarefas como renderização, nós vimos a CPU chegando quase aos 130 watts, o que é um tanto preocupante.

O AMD Ryzen 7 2700X é um processador que vem para acirrar a competição e levar mais desempenho ao consumidor que buscava uma resposta por parte da AMD. Não se trata de uma simples atualização com ajustes no clock, mas de um update que realmente entrega melhorias no funcionamento de uma arquitetura já consolidada.

No fim das contas, seja pela proposta da AMD ou mesmo pelos resultados dos testes, nós podemos dizer que ficamos impressionados com a segunda geração do Ryzen. Este é um processador extremamente robusto e competitivo, tanto em tarefas simples quanto naquelas que exigem múltiplos threads.

Chegando como um competidor dos chips Coffee Lake, o novo Ryzen 7 top de linha se prova pronto para batalhar com o Intel Core i7-8700K em vários cenários. Quanto ao desempenho em jogos, o Ryzen 7 2700X se prova tão competente quanto este concorrente e, às vezes, até superior em estatísticas como frames por segundos.

Nós testamos o Ryzen 7 2700X em jogos como Far Cry 5, Rise of the Tomb Raider e GTA V, sendo que, em alguns testes, ele apresentou resultados levemente superiores aos do Intel Core i7-8700K, com vantagens de quase 10% na resolução Full HD. Os testes em 4K mostraram empate entre as duas CPUs. Nota: vamos atualizar este artigo em breve com gráficos de jogos.

Também ficamos muito impressionados com as temperaturas do Ryzen 7 2700X, que com o cooler padrão não apresenta quaisquer comportamentos preocupantes. Por outro lado, o consumo excessivo de energia em ocasiões de extremo consumo é algo que pode ser um tanto preocupante. É verdade que o Intel Core i7-8700K chega em valores próximos, mas uma coisa não justifica a outra.

Para quem esta se perguntando sobre tarefas do dia a dia, podemos relatar que este processador roda tranquilamente todos os softwares mais usados do mercado, bem como tem capacidades acima da média para trabalhar com aplicativos mais pesados, sejam de tratamento imagem, edição de vídeo ou modelagem tridimensional.

Por fim, vale mencionar que os testes apresentados neste review foram feitos com o clock padrão da CPU. Contudo, nós utilizamos o Ryzen Master para gerenciamento do processador e rodamos alguns testes com overclocking. O Ryzen 7 2700X se comporta bem quando acima de sua frequência, mas não conseguimos levar o chip acima dos 4,3 GHz, valor em que presenciamos travamentos.

De qualquer forma, é interessante perceber que a AMD facilita a realização deste procedimento, tanto ao entregar uma unidade desbloqueada para overclocking quanto ao disponibilizar uma ferramenta simplificada. Esta é uma qualidade que merece ser destacada, uma vez que é possível extrair ainda mais poder sem trocar de processador.

Com preços que variam de R$ 1,5 mil a R$ 1,9 mil, a AMD prova que tem aqui um bom concorrente na categoria de alto desempenho e um ótimo produto para os jogadores. Assim, dado os bons resultados do produto e as boas expectativas de amadurecimento da plataforma, nós concedemos a medalha de ouro para o Ryzen 7 2700X.

No fim das contas, este é um chip robusto que pode atender aos profissionais e gamers que querem uma plataforma poderosa e versátil. A possibilidade de atualização para o Ryzen 7 2700X sem precisar trocar de placa-mãe é algo que vale ser mencionada, motivo também pelo qual nós recomendamos este processador. Nossos parabéns à AMD pelo bom trabalho!

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