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Emails de hackers são bloqueados e vítimas não podem reverter ransomware

Nesta terça-feira, um novo ataque de ransomware começou a assustar usuários de computadores em todo o mundo — sendo que alguns sequestros digitais podem ser vistos até aqui no Brasil. Poucas horas após o início dos ataques, o serviço de emaisl Posteo (da Alemanha) publicou um comunicado afirmando ter identificado alguns focos de disseminação dos novos ransomwares a partir de seus servidores.

No mesmo comunicado, a empresa revelou que tinha bloqueado completamente os endereços de email identificados. Ou seja: não há mais mensagens sendo enviadas ou recebidas neles, sendo que nem mesmo os proprietários podem acessá-los.

O bloqueio das contas impede até mesmo que as vítimas recebam seus dados de volta após pagarem resgates

Apesar de isso significar que não vai mais haver disseminação a partir daquelas contas — o que não significa em nada o fim da ameaça —, existe o problema maior: nenhum dos usuários afetados pelos ransomwares enviados por essa conta consegue entrar em contato com os hackers para fazer o desbloqueio de suas contas. Vale dizer ainda que há relatos de vítimas que pagaram pelo resgate e não puderam receber as chaves de decriptação.

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Apesar de haver a premissa de “proteção aos usuários”, isso está causando algumas polêmicas ao redor do mundo. Afinal de contas: é melhor permitir que as pessoas tenham seus dados de volta ou proteger as vítimas que ainda não existem? Você ficaria de qual lado?

(Trecho por Felipe Payão)

Se você quiser refrescar a memória, em maio deste ano, o ransomware WannaCrypt (WannaCry) afetou mais de 300 mil computadores em mais de 150 países no mundo. O Brasil foi um dos países afetados, com companhias e instituições governamentais desligando computadores e servidores durante alguns dias — você pode clicar aqui para saber mais.

Caso você não saiba, o ransomware é um tipo de malware que, quando entra em um sistema, restringe o acesso e cobra um valor “resgate” para que o usuário possa voltar a acessá-lo. Por exemplo, ao clicar ou baixar um arquivo malicioso, o computador de uma companhia é completamente compactado via criptografia. As companhias praticamente não têm como pegar novamente esses arquivos, a não ser que pague o valor estabelecido pelo invasor — normalmente em bitcoin. Um modus operandi sofisticado, refinado, que não deixa traços, marcas ou trilhas de quem fez isso.

O TecMundo recomenda que você não pague ransomware. O mercado do crime virtual gera bilhões de dólares anualmente pelo mundo. Estamos falando de US$ 400 bilhões, segundo a Norton. Apenas no Brasil, em 2016, esse número foi US$ 32 bilhões. Exatamente por isso, podemos afirmar que o cibercrime é um mercado vivo. Acesse aqui para saber mais sobre isso. 

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