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Os aplicativos e programas mais seguros para você não ser vigiado

A vigilância de massa é real. O que começou como rumor, passou por delação e chegou a ser provado por documentos oficiais vazados, hoje começa a ser tratado da maneira que sempre deveria, ou seja, com cautela. São vários níveis que a vigilância atua: no primeiro e mais comum, o usuário de internet não passa de um produto, e você não passa de uma moeda para alguma rede social vender a sua presença para alguma empresa, por exemplo; no último nível, como provado por diversos delatores, você é alvo do governo e cibercriminosos — que, em muitos momentos, se confundem.

A vigilância fere as liberdades civis, que garantem a sua segurança, liberdade de consciência, religiosa, de expressão, de associação e, principalmente, o direito à privacidade

Existe uma verdade que não pode ser negada: se você acessa a internet, você pode ser encontrado e, de alguma maneira, vigiado. Contudo, também existem várias maneiras para atenuar essa vigilância e deixar muito mais difícil que hackers, companhias e até governos fucem em suas mensagens, emails, fotos e câmeras.

Caso você tenha lido até aqui e não esteja entendendo muito bem o que é a vigilância de massa e os dados revelados sobre ela, dê uma lida nesta notícia sobre como a CIA, agência central de inteligência norte-americana, vigia os dispositivos eletrônicos.

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O TecMundo conversou com grupos acostumados em utilizar ferramentas criptografadas, técnicas de tunelamento e aplicativos que oferecem a capacidade de manter as conversas mais seguras dentro do possível. No caso, entrevistamos o HatBash, um grupo de pesquisa, segurança digital, desenvolvimento de ferramentas, programação e hacking; e o coletivo Bucaneiras, grupo do mesmo escopo formado por mulheres do Partido Pirata.

Estamos aqui para te mostrar quais são os softwares, aplicativos e meios que você pode se proteger, se essa for a sua intenção. Porém, antes disso, é preciso entender um pouco mais sobre essa vigilância citada.

Leitura de emails

Você provavelmente já pesquisou preços de produtos na internet, não? Então, também já notou que, após essa busca, várias propagandas sobre o produto ou similares começam a aparecer em redes sociais e outros sites, certo? Saiba que isso, de maneira simples, é apenas uma fagulha da vigilância em massa que existe com a internet. É apenas parte do seu rastro de navegação sendo usado para o lucro.

Caso esteja pensando: “Mas eu não faço nada de errado, então não há problemas se me espionarem”, saiba que você está enganado. A espionagem de massa fere as liberdades civis, que garantem a sua segurança, liberdade de consciência, religiosa, de expressão, de associação e reunião e, principalmente, o direito à privacidade. As definições costumam ficar turvas entre um embolado de segurança estatal x lucro para companhias. Porém, se você abre mão da privacidade e não vê problemas em também ser tratado como produto, talvez as próximas dicas não sejam voltadas para você.

O PRISM era um dos programas utilizados pela NSA para vigiar cidadãos

É interessante notar que o assunto, antes de 2013, era tratado pela maioria das pessoas como “teoria da conspiração”. Hoje, o jogo já começou a virar. Principalmente quando, no ano citado, o ex-analista da NSA, Edward Snowden revelou detalhes do programa de vigilância PRISM, desenvolvido pelos Estados Unidos em parceria com o Reino Unido.

Apenas o PRISM, já revelado, permite que os funcionários da NSA (Agência de Segurança Nacional norte-americana) coletem dados de usuários conectados à internet. Ou seja, históricos de buscas, conteúdo e troca de emails, transferências de arquivos, fotos, vídeos, documentos, chamadas de voz e video chats, informações de redes sociais e senhas colocadas em sites são dados facilmente obtidos.

Agora, após essa introdução, se você quiser ir mais fundo no tema, pode acessar a nossa reportagem completa sobre o assunto clicando aqui.

Edward Snowden, uma das figuras mais importantes no que se refere à segurança de dados e à vigilância de massa

Os smartphones são os alvos primordiais: por estarem próximos do usuário mais tempo que os computadores, são mais dados e informações para se vigiar. Por isso, existem diversos aplicativos voltados para manter as suas conversas seguras.

“É importante notar que os aplicativos para segurança não fazem milagre, o usuário deve ter uma noção básica de onde clicar ou não clicar, o que baixar ou não baixar etc. Um exemplo clássico são os emails dizendo que você ganhou algum sorteio que nem sequer entrou, ou mensagens SMS com um contexto parecido”, comentou o HatBash. “Vale lembrar também que os aplicativos que estão na Play Store não são 100% seguros, ou seja, eles podem conter algum malware, por isso antes de baixar é sempre bom dar uma olhada nas revisões de outros usuários e usar algum antivírus para verificar a situação do aplicativo”.

O mínimo que você precisa buscar em um app: criptografia

Para trocar mensagens, o pessoal da HatBash recomenda o Signal: é um aplicativo para comunicação como o Whatsapp ou Telegram, “porém tudo que trafega pelo aplicativo é criptografado, além de ter o código fonte do cliente e do servidor abertos”. O Signal está disponível para smartphones Android e iOS, além de funcionar com extensão para Google Chrome.

Outro aplicativo voltado para troca de mensagens é o Frozenchat. Segundo o Bucaneiras, “o FrozenChat também oferece criptografia de ponta a ponta com mensagens OTR (Off the Record). Isso significa que não só suas mensagens são protegidas como você pode verificar com quem você está falando, porém há a possibilidade da pessoa forjar uma mensagem depois que a conversa terminar. Em outras palavras, é impossível provar que qualquer mensagem foi enviada por você”.

O ProtonMail é uma das melhores (e mais fáceis) soluções de email

Protonmail

Se você pretende utilizar o Google Chrome como navegador principal — algumas soluções mostradas aqui também funcionam em outros browsers —, também é necessário aumentar a segurança.Por isso, o pessoal do grupo de hacking HatBash ainda indicou alguns programas e extensões para você experimentar no navegador:

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