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Xbox One X: review completo do poderosíssimo console da Microsoft

*A análise em vídeo está em produção e será adicionada aqui até o fim deste mês de janeiro.

Quando o Project Scorpio foi revelado ao mundo, na E3 2016, eu estava lá na conferência da Microsoft, em Los Angeles, e arrepiei dos pés à cabeça. Um rápido vídeo com alguns desenvolvedores falando em 4K, 60 fps e as possibilidades que esses dois respaldos técnicos representam. De repente, Phil Spencer, ao centro do palco, iluminado como uma estrela que irradia aos olhos e ecoa aos ouvidos, decretou: “Isso é possível. Estamos trabalhando em algo chamado Project Scorpio e vamos lançar até o final de 2017”.

Como sempre, dito e feito. A Microsoft adota o estilo apolíneo, isto é, segue um esquema pé no chão, com datas mais delineadas e um desenho mais claro do mercado. Claro que isso não é uma regra, mas o tom da força verde sempre foi mais tradicionalista. Não seria diferente com o Project Scorpio, posteriormente convertido em Xbox One X, o terceiro membro da família Xbox One, que tem também o “Fat” e o S na linhagem.

Mas, na prática, o que isso representa? De que forma os serviços da Microsoft, que são uma das bandeiras da empresa, se traduzem no atual console? Como os third-parties tiram o melhor proveito possível da plataforma? Além, é claro, dos exclusivos? E a dashboard: está mais rápida mesmo? O multitarefas tem menos gargalos em função da memória RAM superior? Vou explicar cada um dos “sims” a essas perguntas. Porque, antes de mais nada, o que temos é uma visão um pouco mais concreta do futuro.

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Não há como iniciar por outro caminho que não seja o design do console. A carcaça do Xbox One X absorve o belíssimo trabalho que já foi realizado no Xbox One S, com algumas sutilezas adicionais. O preto fosco – que já botou em xeque aquele tom esmaltado/brilhante há algum tempo – se aproxima de um tom cinza grafitado, chegando bem pertinho do “gray” escuro, forte e intenso. Uma nuance perto da cor prata, aquela que nunca perde o garbo. Só que preta e sóbria.

O controle segue a mesma estética. Não é completamente preto; o trecho central (no qual está o botão Xbox, alocado na parte de cima) está graciosamente mais ondulado, mais grafitado, sem ser agressivo aos olhos ou suave demais aos inocentes. Alcançou o meio-termo da elegância.

É como se um lápis 2B, nos bons idos das aulas de artes, tivesse sido inteiramente gasto no controle, de maneira artística. O revestimento é quase um aço escovado de notebook – mas sem os típicos rabisquinhos. Tão liso quanto.

Antes de entrar nos pormenores, vamos ao básico: as especificações técnicas. Para esse propósito, duas tabelas foram criadas: uma comparando o Xbox One X com seu principal concorrente do mercado, o PS4 Pro, e outra que coloca os três membros da família Xbox One lado a lado.

Evidente a todos, o console da Microsoft se sobressai em dois aspectos primordiais com relação ao PS4 Pro:

Há ainda um terceiro fator agravante que pesa a favor do Xbox One X: a leitura de Blu-Rays em 4K. Na verdade, o recurso já existe no Xbox One S também, um aparelho que, a fundo, não se restringe a uma casca mais Slim: ele embutiu a fonte internamente, tem um hardware revisado, incluiu o HDR e, de lambuja, oferece leitura de mídia em 4K. O Xbox One X apenas deu continuidade a isso.

De maneira famigerada, por assim dizer, o PS4 Pro não possui drive óptico capaz de executar Blu-Rays em Ultra HD. Ao inserir um filme em 4K na bandeja do console da Sony, ele não realiza a leitura. E sim, isso faz diferença pra muita gente. Por mais que 4K ainda seja uma tecnologia onerada, ela se torna cada vez mais acessível com o tempo – é possível encontrar ótimos modelos da Samsung e da LG nas Black Fridays da vida pela faixa dos R$ 2 mil – R$ 2.500.

Mad Max, por exemplo, é um destemido benchmark que ostenta dois certificados de ponta da Dolby: o Dolby Vision, que engrossa a imagem com cores mais fiéis que o HDR, e o Dolby Atmos, que equaliza o som para equipará-lo ao de cinema. É só no Xbox One X que você consegue desfrutar de tudo isso 

“Nosso sentimento é que, se por um lado as mídias físicas continuam sendo importantes nos negócios de games, acreditamos muito no streaming. Na nossa base de usuários, é a segunda maior utilização do tempo das pessoas no sistema, portanto, enfatizamos mais essa área”, opinou Andrew House, ex-chefão da Sony Interactive Entertainment, na época de lançamento do PS4 Pro, em entrevista ao The Guardian.

A verdade é que o consumidor quer fazer jus ao seu investimento. Ele quer usufruir de todas as funcionalidades possíveis que o hardware de ponta oferece. E hoje não é tão raro assim encontrar Blu-Rays em 4K nas lojas (geralmente com suporte ao 3D também). O comprador, que investiu uma grana sinistra em tudo, tem o direito, sim, de exigir a leitura de mídias em 4K. Não é coisa pequena não. O que pesa, psicologicamente falando, é ter um direito perdido. Por mais que o consumidor não o utilize.

Mad Max, por exemplo, é um destemido benchmark que ostenta dois certificados de ponta da Dolby: o Dolby Vision, que engrossa a imagem com cores mais fiéis que o HDR, e o Dolby Atmos, que equaliza o som para equipará-lo ao de cinema. É só no Xbox One X que você consegue desfrutar de tudo isso – aliado a um televisor que possua tais protocolos também, é claro.

As OLEDs da LG são ótimos produtos para isso. Inclusive tive a oportunidade de testar o console numa delas, de 55”. Fora a jogatina em casa, no bichão que tenho na minha estante, uma Samsung UN55JU7500 Série 7, curvada, também de 55”. É esse monstrão aqui. Aí é como dizem: monstro com monstro se entende, certo? Mas deixa eu falar mais sobre o multitarefas do Xbox One X.

Uma das principais características do Xbox One é o primoroso trabalho que a Microsoft realiza nas atualizações do sistema. Grandes updates vêm com grandes responsabilidades, parafraseando os dizeres do Tio Ben, o parente favorito e tio-pai de Peter Parker. Na dashboard, isso é levado a sério. E o trabalho sempre acontece em conjunto com a comunidade graças ao Xbox Insider.

Sim, a empresa registra todos os feedbacks enviados por meio desse canal – ou até mesmo fora dele, na verdade. Personalização da interface, arraste de aplicativos e jogos favoritos, clubes, loja reformulada, setorizada em promoções, conteúdos exclusivos a assinantes da Gold, do EA Access ou do Game Pass, enfim, o banquete de alternativas oferecidas fica cada vez mais farto e menos confuso – duas proporções que nem sempre caminham de mãos dadas.

A navegação por todos esses recursos está mais rápida no Xbox One X. E por que isso acontece? Do ponto de vista técnico, a resposta está na ponta da língua de qualquer um: memória RAM. Sabemos que a memória RAM é responsável pela velocidade de um sistema, por sua capacidade de abrir e fechar janelas com rapidez, por sua eficácia em executar jogos e aplicativos, por sua aptidão em rodar tarefas do segundo plano sem engasgar as que estão no primeiro. Tudo isso acontece de maneira mais fluida no Xbox One X.

Gargalos existem? Sim, sempre. É impossível criar um sistema sem gargalos. Seja ele no celular, na TV, no computador, no video game. No caso do Xbox One X, estamos falando de um salto de 8 GB em DDR3 para 12 GB em GDDR5 de memória RAM, e esses 4 GB adicionais, em barramento mais nobre, simbolizam uma nítida evolução – que se reflete também em menor tempo de loading (detesto escrever “carregamento”) durante as telas de transição.

Aqui talvez seja o ponto central desta análise. O propósito do Xbox One X é oferecer primor técnico em jogos e ser o melhor console para rodar os third-parties. Nos exclusivos, a brincadeira fica ainda melhor, uma vez que os desenvolvedores trabalham internamente em conjunto com a infraestrutura da Microsoft – e o próprio Phil Spencer costuma acompanhar de perto os progressos.

Dos 12 GB de memória RAM que o console tem, nada menos que 9 GB são liberados aos desenvolvedores para os jogos. Os 3 GB restantes são reservados ao sistema, um valor que já resulta na mencionada melhoria de navegação pela dashboard. A arquitetura do Xbox One X, portanto, já nasce mais “liberal” que a do Xbox One tradicional, aparelho que foi burocrático no início da atual geração. Some a isso os 6 teraflops e você tem, basicamente, um monstro de estimação em casa.

Dentro disso, há outro agravante a favor do X: o barramento da memória. A ascensão do DDR3 (Xbox One original) ao GDDR5 (Xbox One X), por si só, já representa um processamento mais aventuresco na forma como essa memória é alocada aos jogos e ao sistema.

Aliada à GPU refinada, temos um sistema que comporta acréscimos gráficos substanciais, como texturas mais recheadas, que não perdem a crocância quando observadas à distância, especialmente graças ao 4K verdadeiro. Também há ganho em sombras, iluminação e maior profundidade de renderização.

Basicamente, temos um sistema que comporta acréscimos gráficos substanciais, como texturas mais recheadas, que não perdem a crocância quando observadas à distância

No papel, todos os third-parties rodam e vão rodar melhor no Xbox One X até o término desta geração de consoles, isto é, até entrarmos na era do PS5 e de um “Xbox Two” da vida, o que deve acontecer por volta de 2020 ou além. Até lá, meus irmãos e minhas irmãs, todos os jogos vão, teoricamente, rodar em desempenho superior no aparelho da Microsoft. A ideia é que isso também aconteça na prática – como já está acontecendo.

Desde que o console enviado pela empresa chegou aqui na redação (eu também adquiri um durante a Black Friday, no Ponto Frio, e é a Project Scorpio Edition), os títulos testados se alternaram entre verdadeiros benchmarks e melhorias tênues, visíveis aos olhos dos mais chatos por calibragem – meu caso, sempre. Relembre nosso vídeo ao vivo, com os apresentadores Francesco e Bruno Micali (este que vos escreve), do unboxing do monstro aqui na redação:

Tive o regozijo de degustar coisas deliciosas de dezembro até aqui (sem mencionar o que foi testado na E3 2017, em junho do ano passado), otimizadas da seguinte forma no Xbox One X:

Os jogos citados acima são só um rápido aperitivo do desempenho de alguns títulos no Xbox One X. Você deve estar se perguntando: “Tá, e o que isso representa perante o PS4 Pro?”. Para não deixar os detalhes confusos e muito menos colocar informações desencontradas, o Voxel confeccionou tabelas que comparam dois quesitos técnicos cruciais: a resolução, que está atrelada à qualidade visual, e a taxa de quadros por segundo, que está ligada à performance.

Créditos ao redator Vinícius Munhoz por cuidar da curadoria desse conteúdo. As informações técnicas foram compiladas a partir dos dados extraídos no Digital Foundry. Clique aqui para conferir os links de respaldo de cada jogo citado e checar a veracidade das informações por conta própria.

Para a fidelidade visual, as tabelas foram separadas em três: resolução baixa, resolução média e resolução alta alcançadas por cada jogo. Confira, na galeria adiante, as diferenças de resolução dos seguintes títulos rodando no PS4 Pro e no Xbox One X. Há algumas observações importantes sobre as tabelas na sequência:

As tabelas estão sendo atualizadas com alguns complementos por nossa equipe, mas as informações discriminadas acima estão respaldadas junto ao Digital Foundry. Por enquanto, os asteriscos importantes a serem registrados são os seguintes:

*The Witcher 3 no PS4 Pro roda com checkerboarding e não possui modo performance. Por esse motivo não cai: porque utiliza a técnica de 4K em checkerboarding e 30 fps, enquanto o Xbox One X opta pela natividade. São técnicas diferentes de renderização de imagem;

*Rise of the Tomb Raider depende do modo que você escolhe. No PS4 Pro, ele alcança 1080p no modo Enriched (sem checkerboarding), enquanto no Xbox One X o jogo bate 4K com o checkerboarding no mesmo modo.

*Final Fantasy XV roda com checkerboarding no PS4 Pro, ao passo que o Xbox One X preferiu o método de resolução nativa aqui. O Digital Foundry aponta que, no Xbox One X, a imagem é mais nítida, mesmo numa resolução menor;

*Call of Duty: WW2 teve a média resultada a partir de cálculo aritmético, uma vez que nem o Digital Foundry indicou esse valor. A diferença é que, no Xbox One X, o jogo passa a maior parte do tempo na resolução máxima, com mais frequência que no PS4 Pro. A resolução horizontal varia nas duas plataformas;

*Rise of the Tomb Raider novamente pode variar com base do modo que você escolhe.

*Em Terra-Média: Sombras da Guerra, você ativa e desativa a resolução dinâmica a partir dos modos de jogo, e isso melhora ou piora a qualidade de imagem. Só no Xbox One X ele alcança o 4K;

*Rise of the Tomb Raider: em High F. Mode, o F. é para “frame-rate” e há apenas poucas quedas;

*A coluna de resolução dinâmica será atualizada.

Aliada à resolução, eis a performance que esses títulos ostentam em ambas as plataformas:

*The Evil Within 2: a performance está melhor no PS4 Pro, mas há explicações. O jogo tem um bug no console. A resolução máxima deveria ser 1440p, mas ele não ativa a saída de video em 1440p e só roda em 1080p, por isso consegue se desempenhar melhor. Em 1440p e frame-rate desbloqueado, não sabemos como ele rodaria;

*Fortnite: Menos frame-rate no X? Sim, porque o nível de detalhes está similar às configurações ÉPICAS no PC (que representam um patamar além do Ultra);

*Final Fantasy XV: no High Mode do Xbox One X, a performance pode cair para 20 fps por dois motivos. Um: há quedas de desempenho com batalhas que exibam muitos efeitos alpha, como água, explosões, quantidade de inimigos etc. São raras as ocasiões. E dois: o X tem um bug nesse jogo em que, quando alguém passa por períodos prolongados com ele ou após o Sleep, a aventura dropa para 20 a 22 fps, obrigando o dono a fechar e abrir a instância do game;

*Destiny 2 tem uma correção. O mínimo que o jogo alcança no PS4 Pro é 3072 x 2160 e o máximo é 4K, só que os dois valores, tanto mínimo quanto máximo, são alcançados via checkerboarding. No Xbox One X, o título da Bungie roda sempre em 4K nativo.

Convém ressaltar que as tabelas serão atualizadas com esses ajustes e postadas aqui em breve no lugar das atuais.

Alguns jogos do Xbox 360 disponíveis no catálogo de retrocompatibilidade do Xbox One ganharam um turbo brutal no Xbox One. Deles, lidera a lista Gears of War 3, célebre por ter se transformado praticamente numa remasterização graças a um acréscimo incrível de texturas, melhorias em sombras, iluminação e preenchimento geométrico de elementos do segundo plano.

Além do boost na resolução, o suporte ao HDR é a cereja do bolo – e alguns dos títulos são executados em profundidade de cor 10-bit em vez de 8-bit. Os outros destaques são os seguintes:

Uma das magias da Xbox Live é a navegação inteligente pelo sistema. Absolutamente tudo está categorizado na Microsoft Store para você não se perder. Com a chegada do Xbox One X, a rede inaugurou uma nova área para filtrar os títulos que têm patch ao console.

Quando qualquer jogador se sentir “carente” de conteúdo aprimorado ao Xbox One X – algo que raramente vai acontecer daqui pra frente –, basta dar um pulo na seção. O catálogo de jogos turbinados é maior do que você imagina, entre indies e AAAs.

Tão importante quanto o Xbox One X em si é a televisão à qual o console estiver conectado. Naturalmente, pressupõe-se que o consumidor interessado pelo novo aparelho da Microsoft tenha um televisor à altura. Assim, o seu cacife deve ser direcionado a isso como um investimento.

Há quem gaste mil reais numa camisa, 5 mil numa bolsa, 70 mil num carro, 20 mil numa viagem, 10 mil em tênis e sapatos…  Às vezes, no consumismo, é difícil apontar um certo ou errado no que é justo ou injusto gastar seu dinheiro. Se o certo para você é investir cerca de R$ 6 mil na brincadeira toda – uma TV 4K e o Xbox One X –, isso jamais deixará de ser certo. E acredite, vale a pena para quem curte.

Conforme mencionado, o meu televisor é uma Samsung UN55JU7500 Série 7, curvada, de 55 polegadas, com HDR (cuja denominação pode mudar de modelo para modelo e aqui é chamada de “UHD Color”), Modo Jogo e opções pré-configuradas de imagem. Modelo de 2015. Olheiro que sou, calibrei as barras deslizantes da TV por um tempão até alcançar um ponto de equilíbrio. Tons quentes, frios, saturação, distribuição manual de cores e brilho, entre outras coisas, representam uma etapa burocrática do processo, porém necessária.

As OLEDs da LG também são escolhas excepcionais, só que têm um custo onerado – e só elas têm as certificações Dolby Vision e Dolby Atmos juntas, na linha de 2017 pra cá. Estamos falando na casa do R$ 7 mil a R$ 10 mil num modelo de 55”. A linha QLED, da Samsung, é a resposta para as OLEDs da LG. São televisores que trabalham com QPicture de pontos quânticos, tecnologia que representa a melhor equivalência possível às OLEDs. A faixa de preço é a mesma.

Mas é possível encontrar modelos mais humildes dessas duas marcas que respondem bem às exigências do Xbox One X. A Samsung UN49MU6100GXZD, por exemplo, de 49 polegadas, sai por R$ 2.400 – R$ 2.900 no grande varejo. A LG 49UJ6525, também de 49”, é uma ótima opção pelo mesmo valor. Ambas têm HDR – no caso da LG, o painel IPS ainda é um plus. Há ainda modelos da Philips, da Panasonic, da Sony e da Philco à disposição, embora os dois carros-chefes compostos por Samsung e LG sejam o páreo duro na disputa pela supremacia.

O Xbox One X tem uma clara visão do público-alvo que quer atingir: o consumidor exigente, o jogador premium, o cara que se apega aos detalhes que os olhos ingênuos, nus, não conseguem ver

O Xbox One X custa, no varejo oficial do Brasil, R$ 3.999. Lá fora, ele sai por US$ 499. Pagando no clássico boleto aqui, o preço cai para R$ 3.500 e, se você usar um daqueles cupons de desconto, dá para reduzir ainda mais o valor. No mercado cinza, o console pode ser encontrado por volta de R$ 2.500 – R$ 3.200, mas a diferença tem alguns pesos dos dois lados: um sai mais barato e oferece respaldo somente do lojista, enquanto o oficial assegura garantia de um ano da Microsoft.

Quem comprou em etapa de pré-venda ainda conseguiu levar uma Project Scorpio Edition pra casa, embora a edição possa ser encontrada ainda hoje por quem estiver com mais disposição na caçada. Essa versão acompanha base para deixar o console na vertical, as inscrições “Project Scorpio” gravadas no console e no controle, caixa de luxo e, de lambuja, um aparelho em tom degradê que vai do cinza-claro ao grafite mais escurecido. E ah, os botões A, B, X e Y do joystick não são coloridos, dando um tom mais sóbrio e limpo à estética dele.

O Xbox One X tem uma clara visão do público-alvo que quer atingir: o consumidor exigente, o jogador premium, o cara que se apega aos detalhes que os olhos ingênuos, nus, não conseguem ver. A própria Microsoft já se posicionou dessa forma desde o princípio de vida do console.

O preço mais caro se justifica em um hardware de ponta que, se comparado ao PC, sai até mais barato. Nós já fizemos esse orçamento detalhado no site-irmão TecMundo. Os dizeres do analista Fábio Jordão são claros: um computador com configuração similar à do Xbox One X pode custar facilmente 700 dólares (contra US$ 500, preço oficial do monstro). Ainda que você altere o processador, a placa e outros componentes, dificilmente vai conseguir chegar ao mesmo valor do video game.

Dito isso, o Xbox One X é um aparelho para quem almeja o máximo de primor técnico num console. Não são apenas os detalhes de fundo – enriquecidos e sem borrados graças à resolução superior ao concorrente – e o visual mais pintado que convencem. É todo um ecossistema alicerçado no sólido trabalho que a Microsoft realiza no Brasil. E só quem mexe sabe como é delicioso ter o gostinho da crocância.

O Xbox One X é um console feito para consolistas (como eu). Trata-se de uma máquina pensada com carinho para dar sobrevida ao Xbox One e, de lambuja, estender a atual geração de video games. Se você quer chegar em casa do trabalho, ligar a TV, relaxar na poltrona e ter uma experiência audiovisual transcendente, o Xbox One X é o melhor colírio que há para os olhos.

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Análise: Xbox One X tem respaldo técnico de ponta e é pura crocância via Voxel

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