A margarina foi criada no século XIX como um substituto mais barato (e mais saudável) que a manteiga.

Quando surgiu, era uma mistura de sebo de vaca, leite desnatado, partes menos nobres do porco e da vaca e bicarbonato de sódio.

Seu processo atual inclui o uso de solventes de petróleo (geralmente o hexano, bem barato), ácido fosfórico, soda, resultando numa substância marrom e malcheirosa, que sofre novo tratamento com ácidos clorídrico ou sulfúrico, altas temperaturas e catalisação com níquel, que deixa o produto parcialmente hidrogenado.

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Isso resulta em um produto com longo prazo de conservação, textura firme mesmo em temperatura ambiente, que não rancifica, não pega fungos nem é atacado por insetos ou roedores.

Enfim, é um não alimento.

  • O processo todo acaba por formar uma substância rica em um tipo particular de gordura chamado “trans”, insólita na natureza e de efeitos nocivos ao homem.
  • Além disso, o principal predicado da margarina é ser rica em óleos poli-insaturados, que contribuem para um grande número de doenças.

Em uma revista Exame, também de 99, saiu um artigo um pouco mais extenso e grave alertando sobre os perigos desse produto e falando das implicações que as poderosas multinacionais americanas estavam sofrendo no próprio país por colocar no mercado produtos comparáveis ao cigarro em termos de periculosidade.

A margarina pode estar relacionada a disfunções imunológicas, danos em fígado, pulmão e órgãos reprodutivos, a distúrbios digestivos, diminuição na capacidade de aprendizado e crescimento, problemas de peso, aumento no risco de câncer e, principalmente, a transtornos do metabolismo do colesterol, incremento de aterosclerose e doenças cardíacas.

Ou seja, a margarina promove o que ela se propõe a tratar.

A manteiga, por sua vez, é saudável, acompanha a humanidade há dezenas de séculos, pode ser feita artesanalmente no ambiente familiar e só foi considerada nociva e politicamente incorreta após a Revolução Industrial, que conseguiu deformar nosso entendimento de saúde e bom senso.
Na matéria “Margarina: um veneno para a saúde”, postada neste blog, algumas pessoas questionaram o texto, dizendo que hoje o processo da margarina está diferente. Fui conferir.

Como aqui em casa não entra esse produto, pedi a uma amiga uma caixa vazia de margarina que diz ter ômega 3 e 6, vitamina E, ferro e muito mais.

Veja a composição: água, óleos vegetais líquidos e interesterificados, vitaminas (A, E, D, B6, B12 e ácido fólico), estabilizante mono e diglicerídeos de ácidos graxos ésteres de poliglicerol com ácido ricinoleico, conservador sorbato de potássio, acidulante ácido cítrico, aromatizante (aroma idêntico ao natural de margarina) e corantes urucum e cúrcuma.

Agora compare com a composição da manteiga que eu tenho em casa: manteiga de primeira qualidade, cloreto de sódio (sal) e corante natural de urucum.

Agora vem a pior parte: Durante uma semana, a caixinha com restos de margarina ficou na temperatura ambiente daqui do Recife (28 a 30 graus) e o produto não amoleceu, não escureceu nem pegou mofo. Dá para imaginar a quantidade de conservante?

Outra coisa: o processo de interesterificação inclui o aquecimento do óleo, e os óleos vegetais são altamente sensíveis ao calor, que destrói suas propriedades e os torna rançosos e saturados, razão pela qual devem ser consumidos frios, à exceção do óleo de coco, que suporta o calor.

A manteiga de fato causa, se comida em excesso, uma carga maior de colesterol. Todavia tem virtudes desconhecidas. Uma delas é o ácido butírico. Recentemente pesquisadores americanos descobriram que esse ácido, presente na manteiga, impede o desenvolvimento de câncer de cólon.

Mas se o problema é controlar o colesterol, basta usar óleo extra-virgem cru de oliva, de linhaça, de gergelim, de coco, e evitar fritura.

[in:curapelanatureza.com]



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