Já ouviu falar deste distúrbio que afecta o sono? Hoje vamos falar sobre a síndrome de pernas inquietas, quais os seus sintomas e causas e ainda recomendações para melhorar a sua qualidade de vida.
O que é a síndrome de pernas inquietas?
É um distúrbio do sono que se caracteriza por movimentos involuntários das pernas. Esta doença neurológica, manifesta-se por uma sensação de desconforto nas pernas quando a pessoa se vai deitar ou está a dormir. Por vezes, o indivíduo fica muito tempo a movimentar as pernas, prejudicando o sono e o dia-a-dia. O movimento traz um alívio imediato, ainda que provisório.
Quais são as causas desta síndrome?
Existem dois tipos de síndrome de pernas inquietas:
– Síndrome primária ou idiopática:
Este é o tipo mais comum da doença, na qual não há uma causa identificável. Neste caso, pode haver uma causa genética e tornar-se num distúrbio crónico. Os sintomas tendem a piorar com o tempo e ocorrem com maior frequência.
– Síndrome secundária:
É originada por outra doença ou por alguns medicamentos, sendo que os sintomas melhoram quando a pessoa melhora ou deixa de tomar a medicação. Entre as doenças ou condições que podem causar o distúrbio estão:
– Defiência de ferro, com ou sem anemia (esta é a causa mais comum);
– Artrite reumatóide;
– Diabetes;
– Doença de Parkinson;
– Falha nos rins;
– Danos nos nervos das mãos ou pés;
– Gravidez.
Quem é mais afectado?
Este problema, afecta mais as pessoas com mais de 50 anos e principalmente os idosos. Contudo, alguns já apresentam os sintomas desde a infância, manifestando-se através de inquietação ou hiperactividade.
É comum em grávidas, nos últimos três meses de gravidez. Os sintomas geralmente desaparecem depois do parto, mas há mulheres que continuam a sofrer da doença.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através do histórico do paciente e da descrição dos sintomas. Não existe um exame específico para detectar a doença, mas há outros que devem ser feitos para despistar outros distúrbios do sono ou uma deficiência de ferro (análise ao sangue). A polissonografia pode ajudar no diagnóstico, uma vez que detecta movimentos periódicos dos membros durante a noite.
Que tratamentos existem?
Os tratamentos disponíveis visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com este distúrbio. Podem ser prescritos suplementos de ferro, fármacos dopaminérgicos, sedativos ou anticonvulsivantes. Procure um especialista para o aconselhar sobre o tratamento mais adequado e siga as nossas recomendações:
– Adopte uma rotina de sono (acordar e dormir sempre à mesma hora, manter o quarto escuro e confortável, etc.);
– Pratique exercício físico moderado ou técnicas de relaxamento;
– Evite café, chá preto, chocolate, tabaco, refrigerantes e álcool;
– Experimente tomar um banho quente ou receber uma massagem, ou outra actividade que o distraia;
– Evite certos fármacos que podem agravar os sintomas (alguns antidepressivos, antipsicóticos, fármacos para as naúseas e anti-histamínicos);
– Procure acompanhamento médico, de forma a obter mais qualidade de vida.
Artigo: dicascaseiras.com